quarta-feira, 5 de maio de 2010

Igreja da Candelária

Naspinturas e fotografias do inicio do século, a igreja da Candelária destacava-se em relação às construções ao seu redor, diferenciando-se das outras igrejas pelo seu tamanho e estilo.

Durante a progressiva autonomia religiosa adquirida pelo Rio de Janeiro em relação à Bahia, além da freguesia de S. Sebastião, criada desde os primórdios da cidade, estabelece-se em 1634 a freguesia da Candelária.

A origem da primitiva ermida construida nesse mesmo lugar, uma várzea em frente ao mar, é atribuida a uma devoção e ao cumprimento de uma promessa feita a N.S. da Candelária por Antônio Martins Palma, comandante de um navio colhido por uma forte tempestade.


Em 1775, um projeto foi pedido ao engenheiro-major Francisco Roscio e o novo templo só foi inaugurado em 1811, com a presença do principe regente. Novas refortmas têm lugar em meados do século XIX, e se arrastam até 1890, ano de sua nova inauguração. Do projeto de Francisco Roscio só permanece a fachada. A cúlula, toda em pedra de lioz de Lisboa, representa a principal marca visual da igreja, construida em estilo neoclassico entre 1865 e 1877. Muitos não acreditam que as fundações pudessem suportar um peso de 630 toneladas em pedras. As oito estátuas de mármore branco ao redor da cúpula foram realizadas em Lisboa por José Cesáreo de Sales, representando os quatro evangelistas e a Religião, a Fé, a Esperança e a Caridade.

As portas são grandes e belíssimas. Foram esculpidas em Bronze por Teixeira de Lopes, fundidas em Brusy, na França, e mostradas na Exposição Universal de Paris em 1889. Com o projeto do Brigadeiro Francisco João, a igreja tem a planta em cruz latina com duas sacristias, ema de cada lado. Na fachada, a forte presença das decorações e as sobrevergas do granito mostram reminiscências barrocas. O revestimento interior, ao invés de talha de madeira à maneira portuguesa, é todo de mármore. Esculpidos em motivos variados, mármores de diferentes cores misturam-se ao branco de Carrara, com o rosa de Verona e outros amarelos, verdes, negros e vermelhos, refletindo a influência italiana. Os dois púlpitos com uma escada e um abafa-voz são em mármore branco e ferro, trabalhados em estilo arrt-nouveau. Possui interessantes vitrais de dores vivas. As duas capelas laterais são dedicadas ao Santíssimo Sacramento e à N. S. das Dores. O teto da nave principal apresenta seis grandes painéis do pintor JOão Zeferino da Costa narrando as origens da igreja.Um lugar que vale a pena conhecer e admirar a beleza arquitetônica, cultural e religiosa.

Localizada na Praça Pio X- Centro- Rio de Janeiro.